As pessoas estão cada vez mais digitais. A geração da informação é vertiginosa e cresce a ritmos diários exponenciais. Todos nós, no mundo conectado da internet das pessoas, geramos em tempo real, informação a qualquer hora, em qualquer local e a partir de um qualquer dispositivo informático (Ipad, Iphone, Portátil, outro). É preciso reaprender a “recolher dados”, “produzir informação”, “gerar conhecimento” e a “tomar decisões” sobre a mesma (seguindo o ciclo de vida tradicional da informação). É preciso também aprender a “criar algoritmos analíticos em busca de correlações”, a “incorporar novo conhecimento em tempo real”, a “partilhar esse mesmo conhecimento por toda a organização” por forma a “antecipar decisões sobre a nossa próxima acção de captura de valor” (este é o que considero ser o novo ciclo preditivo da monetização da informação).

Este fenómeno, volume, velocidade, variedade e valor da informação (big data) irá agravar-se exponencialmente com o desenvolvimento da Internet of Things. A gestão desta informação é complexa e representa um drama para qualquer gestor das organizações actuais. Será esta informação desprezível? Certamente que não! A informação deve ser tratada como se um qualquer outro activo da empresa se tratasse.

A Informação é pois um dos pilares estratégicos que suportam a entrega de valor de qualquer organização, na medida em que esta é crucial para o processo de tomada de decisão, para o conhecimento do cliente e para o rigoroso acompanhamento da actividade e do ciclo de vida dos produtos / serviços, nomeadamente através da análise permanente da sua performance. Só assim, é possível desenvolver acções conducentes ao aumento de proveitos e à redução custos, maximizando os resultados das contas de exploração (a captura de valor).

Acresce que o relacionamento baseado no conhecimento do cliente, nomeadamente sobre os seus hábitos, experiência de consumo e propensão de compra, contribui para uma melhor satisfação das suas necessidades. Em consequência, os clientes compram potencialmente mais, o cross-selling é mais efectivo e em resultado os clientes reforçam a sua fidelização (aumentam o seu life time value).

Existem inúmeras abordagens sobre a cadeia de valor do tratamento da informação. Opto por uma visão muito simples (ver figura à esquerda). No mundo digitalizado de hoje existem muitas fontes de dados, de origem interna ou externa, que ajudam a resolver múltiplos problemas de negócios das organizações. Como? A cadeia de valor deve usar os dados recolhidos de forma estruturada (ciclo de vida da informação) com recurso à tecnologia por forma a potenciar novas ideias / soluções de negócio que criem e capturem valor para a organização e para os seus clientes (ciclo preditivo da monetização da informação).

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(a continuar com um caso prático ilustrativo).