Digitalização significa automatização. Considero que a integração de múltiplas tecnologias num único equipamento – o mobile, a ubiquidade (a qualquer hora e em qualquer lugar) e a hiperconectividade (ligar, espalhar e cocriar) representam, quando combinadas, disrupções tecnológicas jamais antecipadas, porque transformam radicalmente o comportamento dos agentes económicos que intervêm na cadeia de valor do novo ecossistema digital de bens e serviços.
Do lado da oferta, os produtores e prestadores de serviços desenvolvem novos modelos de negócio / novas plataformas e aplicações tecnológicas digitais e, do lado da procura, o consumidor final exige mobilidade, conveniência e simplicidade, à distância de um braço e ao toque de um clique.
São exemplos conhecidos as plataformas digitais tais como o Facebook, a Uber e a Airbnb. Nenhum dos modelos de negócio subjacentes produzem / detêm os seus activos core. Os conteúdos são criados e divulgados pelos utilizadores do Face, os veículos são detidos pelo prestador do serviço de táxi e os imóveis são detidos pelos anfitriões dos alojamentos dos países locais, respectivamente.
Estas plataformas digitais são sim detentoras únicas de uma valiosa informação sobre o comportamento e perfil dos agentes económicos que intervêm na cadeia de valor. A informação representa um verdadeiro activo que, quando usada eficazmente, galvaniza o próprio negócio.
Representam pois uma nova visão de negócio end-to-end, uma nova abordagem de aquisição e de entrega do produto, bem ou serviço.
As vantagens são múltiplas e representam argumentos favoráveis poderosíssimos num caminho que será irreversível e que nos transforma intrinsecamente (o que somos) e extrinsecamente (na forma como nos relacionamos entre pessoas, com as coisas e com as empresas).
A transformação digital dispõe do potencial para ser tanto um catalisador económico-social saudável como prejudicial. Porquê?
[…] Os desafios do “lado sombrio” da Transformação Digital 1/4 – DESAFIOS DA GESTÃO… 10/27/2016 at 09:30 Reply […]
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