Que equipa queremos ser? 1/4

networkingNas múltiplas dimensões da nossa vida (Família, Empresa, País, outras) devemos pensar sempre “em equipa, com a equipa e pela equipa”. Por sermos complementares uns dos outros, por agirmos em rede e por fazermos parte de um ecossistema, todas as nossas decisões e iniciativas, por mais simples que nos pareçam, produzem impacto nos que connosco se relacionam. Compreendemos melhor esta reflexão, que apesar de óbvia inúmeras vezes a esquecemos, se equipararmos uma equipa a um organismo vivo onde todos os órgãos são importantes para um funcionamento eficiente do corpo e da mente.

Pensemos nos exemplos abaixo apresentados sobre a família, uma qualquer empresa pública ou privada ou mesmo ao nível do País (ex. Tesouro / Autoridade Tributária), e rapidamente concluímos que desempenhamos um papel individual importante que contribui para o bem estar e sucesso do(s) seu(s) próximo(s). A contribuição será tanto maior quanto maior for o nosso empenho e a nossa determinação.

Se na família, o nosso filho(a) tem sucesso escolar todos nos sentimos orgulhosos pelo esforço diário investido nas deslocações casa-escola e escola-casa, na aprendizagem proveniente das actividades curriculares e extra curriculares leccionadas pelos professores, nas horas de estudo utilizadas para realizar os trabalhos de casa e para a preparação dos testes e exames, e pelo apoio emocional e financeiro sempre necessários.

Se na empresa (pública ou privada), o nosso departamento desenvolveu uma qualquer ideia/processo/produto/serviço que é um sucesso interno ou no mercado, todos beneficiam, seja individualmente, enquanto equipa e enquanto organização. O sucesso da empresa é crítico para assegurar o bem-estar da sociedade e da economia no seu todo.

Se enquanto contribuintes (individual ou colectivo), pagarmos atempadamente os impostos, os que em consciência são devidos, estamos a contribuir colectivamente para um país mais forte. Só é possível repartir o “bolo” (praticar o País / Estado social) se primeiramente o “bolo” existir (se as contribuições de cada um forem realizadas).

As situações apresentadas são meros exemplos de boas práticas, que quando não são respeitadas, aplica-se o princípio popularizado pelo ecologista Garrett Hardin no ensaio “The tragedy of the commons“, publicado em 1968. A tragédia dos bens comuns  “é uma situação onde indivíduos agindo de forma independente e racionalmente de acordo com seus próprios interesses se comportam em contrariedade aos melhores interesses de uma comunidade, esgotando algum recurso finito comum”.

No caso do filho, o seu sucesso escolar assegurará a sua independência futura (o apoio de seus pais – família directa, é um recurso limitado no tempo).

No caso da empresa pública ou privada, o sucesso destas será a sustentabilidade dos postos de trabalho que emprega e do bem estar social da sociedade (os recursos materiais e financeiros são em si mesmo escassos assim como o próprio modelo de negócio que se esgota caso não evolua ou se adapte; e não esqueçamos que são as pessoas, nós, que realizam a mudança).

E, no caso do País (ex. Tesouro / Autoridade Tributária), o sucesso do mesmo depende do sentido cívico de cada um, em sentido lato, sem exceção (o recurso ao “dinheiro do estado” é também escasso e esgota-se se usado na despesa de forma indevida ou se não existe / é insuficiente na geração de receita por ausência de sua contribuição).

É muito importante tomarmos consciência da nossa missão (o que somos), da nossa visão (o que queremos ser) e dos nossos objectivos (os resultados que pretendemos alcançar), sem esquecermos como executamos a estratégia a que nos propomos, diariamente. Em qualquer circunstância – familiar, profissional ou em sociedade, somos hoje o resultado das decisões passadas e seremos amanhã o resultado das decisões de hoje. O uso da palavra decisões refere-se às decisões que tomámos, certas ou erradas, e às decisões que não tomámos, sejam em consciência, por inconsciência ou por negligência.

“A equipa que queremos ser” nos contextos familiar, empresarial ou em sociedade, depende da resposta a três simples questões:

  • Quem somos?
  • Como criamos e capturamos valor?
  • Como vamos crescer?

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