Gestão Financeira Estratégica

A empresa é a nossa “segunda habitação”. Por muitas pessoas é considerada a “primeira casa ” pelo elevado número de horas que nela “vivem”.

Tal como a ”casa de família” é preciso que seja norteada por princípios, valores, um código de ética, uma missão, uma visão, uma estratégia, um conjunto de objectivos e de medidas, assim como dos recursos e meios necessários para os atingir.

Uma empresa “só existe”, enquanto “ser vivo”, quando está imbuída de uma forte Cultura Corporativa.

A Cultura Corporativa resulta do somatório individual do comportamento de todos os colaboradores da empresa. As pessoas que constituem em si mesmo a empresa são “guiadas” pela missão (“o que a empresa é”) e pela visão (“o que a empresa ambiciona ser”) e devem incorporar no seu “adn” os “valores genéticos” da empresa, aqueles que orientam as suas acções, decisões e relações que estabelecem entre si e com os demais stakeholders.

A Cultura Corporativa distingue a empresa das suas congéneres e, no limite, torna-a única no mercado. É a sua identidade!

As empresas existem para criar e capturar valor.

A criação de valor representa o valor que se entrega ao cliente e que este perceciona enquanto tal, seja através da satisfação das suas necessidades seja através da superação das suas expectativas.

Entrega-se valor percebido e reconhecido ao cliente através da “experiência de consumo” que se lhe proporciona aquando o consumo do produto ou da prestação de serviço nos diferentes canais físicos e digitais que se lhes disponibiliza.

A oferta de valor deve ser de qualidade e criada ao mínimo custo possível de forma a que o preço possa ser competitivo e atrativo.

Quando existe valor o cliente está disponível para “pagar” preço (o valor das vendas da empresa).

O preço deve reflectir o “valor da marca” e o “valor do serviço pós-venda” representativos do prestígio (status associado) e da segurança (garantia) que resulta para o cliente pela opção de consumo desses produtos e / ou serviços e não de outros. É por esta via que se captura valor para a empresa (“share of wallet”).

As empresas lutam permanentemente pela sustentabilidade e pela competitividade.

Sustentabilidade significa “sobreviver” no médio e longo prazo.

Competitividade representa “ser melhor” que o concorrente em qualidade, preço e rentabilidade.

Para isso realizam esforços para reduzir o rácio cost-to-income, quer através da acentuada diminuição de custos quer através do aumento dos proveitos e da produtividade.

Facilmente se compreende que só é possível promover um “preço de valor competitivo” se os níveis de produtividade e a relação entre os custos e os proveitos forem os adequados à dimensão do negócio.

A produtividade é condicionada pela eficiência dos processos implementados e pela atitude de cada colaborador da empresa.

A eficiência dos processos deve permitir produzir produtos e prestar serviços com o nível de valor reconhecido pelo cliente alocando os indispensáveis recursos financeiros, materiais e humanos, sempre escassos e dispendiosos.

A atitude do colaborador, a sua motivação e o que produz durante as horas em que está no trabalho, é determinante na produção global da empresa (os resultados que gera).

Neste contexto, como responde a gestão financeira às exigências da empresa e do mercado? A resposta, a desenvolver em próximos “posts”, depende da forma como a gestão financeira gere os pilares estratégicos da segurança, liquidez e da rentabilidade, com o objetivo de promover o valor da marca e bem gerir o valor da vida útil dos clientes.

Leave a Reply

Fill in your details below or click an icon to log in:

WordPress.com Logo

You are commenting using your WordPress.com account. Log Out /  Change )

Facebook photo

You are commenting using your Facebook account. Log Out /  Change )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.