Nos dias de hoje, fazemos referência à expressão “back to basics”, no que respeita à zona euro (crescimento económico – melhorar o PIB acumulado dos diversos países, reformas estruturais – emagrecimento da administração pública, sustentabilidade da segurança social, saúde, educação e justiça, desalavancagem da divida total externa – reduzir o deficit externo, reduzir o deficit comercial, reduzir o deficit público e reduzir o serviço de divida, consolidação orçamental – aplicar rigor na execução e, maior exemplaridade da classe política e respetivos modelos de governação), à Banca em particular (capitalização, melhorar os rácios de capital, redução de gap comercial, maior regulação e apoio à economia) e, à sociedade – empresas e famílias (gastar menos, investir melhor, pagar as dívidas – será a nossa poupança, ajustar salários à produtividade, usar competências, obter resultados, menos direitos e mais deveres).
A sociedade está assustada. A Economia resulta do somatório dos comportamentos individuais, nas relações que são estabelecidas, quer ao nível interno quer ao nível externo (em sociedades atuais globalizadas). Como se comporta o cidadão enquanto indivíduo? Que mensagem se transmite à geração futura? Afinal, o crescimento económico não depende de mão-de-obra competente, inovadora e, não menos importante, motivada?
Pensemos, genericamente, no modelo de negócio. As empresas, no início de cada mês, “adiantam dinheiro” (o investimento) para pagamento de salários, da renda das instalações, dos custos gerais de funcionamento, para compra de matérias-primas, etc. e, esperam, pelas vendas a efetuar durante esse mesmo mês, realizar receitas (pela venda da sua produção e /ou prestação de serviços) que, garantam o retorno do capital investido e, criem, certamente, uma mais-valia, o lucro (afinal, a razão de ser do negócio). É pois, simples pensar que, todos os meses, temos de “justificar” o salário que recebemos, caso contrário, por que razão precisa a empresa do nosso trabalho?
A nossa atitude individual, é crítica. A optimização da nossa actividade diária, “força-nos” a minimizarmos a utilização de recursos materiais e humanos, na venda dos nossos produtos e/ou prestação dos nossos serviços, junto dos nossos clientes (Economia). Existe também um recurso imaterial, o tempo, cujo planeamento e gestão é deveras crucial, para coordenarmos as diversificadas tarefas profissionais. O esforço dispendido diáriamente (o nosso horário de trabalho) deve ser bem aproveitado (“the one best way”), para maximizarmos a nossa produção (Eficiência). Assim, não importa o tempo que estamos no trabalho, mas o que produzimos, durante o tempo que estamos no trabalho. As adversidades diárias resultantes da atual conjuntura, os problemas que nos surgem, a elevada pressão a que estamos sujeitos, obriga-nos a reinventar as nossas rotinas e descobrir soluções novas para problemas, uns que são já velhos e, outros, até então desconhecidos (Resiliência). As nossas empresas dependem de nós. Se soubermos cuidar delas, estaremos seguramente, a cuidar de nós próprios. Não se trata de defender os empregadores. Trata-se somente de defendermos o nosso posto de trabalho. É preciso continuarmos a trabalhar com atitude e ambição. É preciso continuarmos a produzir com rentabilidade.
Finalmente, como defino a atitude no emprego? A capacidade de mantermos um ritmo elevado de trabalho, focalizados nos objectivos estabelecidos, durante longo período de tempo, motivados pela elevada paixão que sentimos no desempenho da nossa actividade. Esta é a minha motivação no trabalho. Qual será a sua?
Nota: republicação do texto original publicado em 20/02/2012.
[…] objectivo do líder é construir e desenvolver equipas resilientes. A resiliência é a melhor atitude que pode existir face ao trabalho. Só desta forma o líder, mais do que gerir a complexidade consegue gerir a mudança contínua que […]
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